25/01/2011

11/06/2010

Apologistas ou papagaios?



por Johnny T. Bernardo



O ministério apologético no Brasil não anda muito bem das pernas. Não há uma que se possa chamar de "unidade defensiva cristã". Hoje é cada um por si, e Deus por todos. Fala-se muito em blogs apologéticos, mas que tipo de apologética tem sido difundida por aí? Sob que base tais veículos de comunicação sustentam seus argumentos - que, deve-se reconhecer, possuem algo de verdade, mas que carecem de ortodoxia. São considerados por muitos como "fenômenos" da Internet no seguimento cristão-evangélico. Mas mesmo assim não há unidade, não há companheirismo ministerial - pelo menos não para os que estão fora do círculo de amizades.

Estou cansado de tudo isso. De tanta hipocrisia, de tanta papagaida, de tanta badalação em torno de temas que mechem com o imaginário cristão. Não sou contra a apologia em todos os seus campos, em todas as suas faces, em todas as suas atuações - sou contra a falta de unidade em nosso meio. Existem muitos picaretas por aí que merecem passar por uma sessão de chicotes, de lição moral das mais duras e enérgicas. Não sou contra tudo isso. Não sou contra a apologia de dentro para fora, de fora para dentro. A minha preocupação resume-se unicamente na qualidade de tais argumentos. Aquela velha, porém pura apologética parece ter sido esquecida.

Essa é a minha preocupação, a minha reflexão de todos os dias. Não há hoje uma apologia sadia, aquela que outrora usavamos para denunciar os erros do mormonismo, das testemunhas-de-jeová, do catolicismo etc. O que mais se vê atualmente é o chamado "copiar e colar". Mas onde estaria a inspiração para novos argumentos, para novas reflexões apologéticas? São papagaios à deriva.

Sou do tipo que presa muito pela unidade, pelo desenvolvimento de novas habilidades. Mas há um grupo de papagaios que parecem terem adquirido seus próprios mundos. Um tal de Severo que manipula os comentários, que nega aos seus visitantes o direito de opinar contra seus textos. Aquele que defende a democracia e marginaliza os socialistas latinos, serceia ao mesmo tempo o direito de expressão, de opinião de seus opositores. Demoniza lulas e dilmas, e exalta o "eu" o "meu"...

Outro, um tal de Caio parece ter debandiado do arraial gospel e ter encontrado na mística brasilia um refúgio para seus demônios. Mas os demônios continuam lá, aflorando em sua carne nervosa, sedentos por quebrar ossos e esmagar severos. Adora apontar os erros dos outros, mas se esquece dos seus próprios. Acusa um de maçon, outro de homofóbico, outro de delinquente. Mas e os dossiês, os adultérios, e as meninices? Estão enterrados em algum lugar do Rio de Janeiro, ou trancafiadas em seu subconsciente. Mas os ares místicos do planalto central parecem suavizar os danos, clarear a mente para novas aventuras e demonizações.

Não se engane: há muitos severos e caios por aí a fora, detentores de suas próprias verdades, serceando o direito de opinião, manipulando seu grupinho, apontando o dedo, mentindo e inúmeras outras coisas que, se reveladas, poderão causar um verdadeiro reboliço. Mas a bala está na agulha, a flexa no arco, a espada em mãos. Basta apenas um sinal para que os devidos serceadores sejam atinjidos pela justiça divina.

Continue vivendo em seu mundinho, fazendo promessas, mentindo para seus irmãos de fé. Deus também te encontrara, mesmo que esteja nos mais rincões da América, nas gélidas montanhas dos Andes, nas catacumbas e pirâmides dos maias. Você não ficará impune diante daquele que tudo vê, que tudo sonda, que tudo sabe. Não seja um papagaio, mas um apologista. Não seja um hipócrita, mas um crente verdadeiro. Quem sabe assim Deus te poupara.






A difícil vida de um apologista





por Johnny T. Bernardo




Ser apologista hoje em nosso país não é uma tarefa das mais fáceis. Poderíamos citar inúmeros motivos, mas acredito que apenas um sintetiza a realidade que vivemos: falta de apoio. É esse o motivo pelo qual não só apologistas, mas também missionários e escritores nacionais desistem de suas chamadas e entram muitas vezes em caminhos tortuosos.

Infelizmente pouquíssimas igrejas e pastores incentivam o trabalho apologético, seja por falta de interesse ou por achar que dialogar com sectários é uma prática antibiblica e/ou desnecessária.


E o que dizer de algumas editoras? Inúmeras obras de cunho apologético são rejeitadas todos os meses por editoras evangélicas. Quando o autor procura saber o motivo da recusa, no máximo recebe como resposta: “seu livro não se enquadra em nosso cronograma editorial”. Mas será mesmo esse o motivo? É óbvio que não. Há interesses financeiros envolvidos. Motivo? Os evangélicos não se interessam por livros que falam sobre seitas.


Você já parou para pensar quantos livros de autores nacionais são publicados todos os anos? Não é preciso muito esforço para se certificar desse fato: veja o catálogo de qualquer editora evangélica e verá que não estamos mentindo. Mas não pense você que eles estão preocupados com “qualidade”. Não é o texto em si que chama a atenção de um editor: é o nome do autor que será colocado na capa. Se ele for de origem norteamericana a probabilidade de publicação é de 95%; se for nacional, 5% - e isso quando chega a essa porcentagem!


Recentemente tive o desprazer de ouvir da boca de um editor evangélico que o mais importante em uma obra é a capa, não importando o conteúdo. Disse ele: “se nós fizermos uma capa bonitinha, o povo ira comprar”. Perguntei então se o leitor não ficara decepcionado com o conteúdo do livro. Com a cara mais deslavada - com o perdão da expressão - ele simplesmente se limitou em responder: “não importa, o livro já estará vendido”. Soa lógico isso? Ou melhor: é ético?


Eu sou um dos que tiveram a “sorte” de ver meu livro jogado no lixo por uma editora “evangélica.” Não satisfeito com a resposta, enviei ao referido editor uma carta manifestando meu descontentamento. Vejamos um pequeno trecho:


Caro editor...


Graça e paz


Venho por meio desta manifestar meu descontentamento com relação à reprovação do meu título. Sinceramente não entendo o que acontece com as editoras evangélicas brasileiras. Por que somente autores norteamericanos são prestigiados? E os nacionais? Não temos a mesma capacidade? Vendemos menos livros? Meu manifesto se caracteriza mais como um desabafo do que propriamente uma critica. É uma lástima saber que as editoras evangélicas seguem o mesmo procedimento nefasto das editoras seculares. O procedimento deveria ser outro, já que não existe ética nas seculares.


A obra em questão, enviada para análise, esta dentro de todos os pré-requisitos necessários para publicação, como coerência textual, atualidade, correção ortográfica e gramatical, prolixidade etc.”


O mais interessante é que além de rejeitar meu livro (que se propunha defender a fé cristã), eles tiveram o descuido de colocar à disposição de pastores e igrejas uma Bíblia recheada de comentários contraditórios – para não dizer “heréticos.”


Se você esta chocado diante de tudo o que foi exposto, deixe-nos colocar um pouco mais de pimenta. Nem mesmo entre os que fazem “apologética” há um sentimento que se possa chamar de “união”. Esse é, em nossa análise, um dos principais motivos por trás da fraca onda apologética no Brasil. Não iremos nos estender por questão de ética, mas fica aqui uma dica: consulte os portais apologéticos do Brasil e veja como eles se relacionam, se há um intercâmbio de apologistas.






10/06/2010

Uma análise cristã de O Símbolo Perdido





por Johnny T. Bernardo



Terminei recentemente a leitura do livro O Símbolo Perdido de Dan Brown e, devo confessar, o achei intrigante e ao mesmo tempo surpreendente. Devemos reconhecer a capacidade que o autor tem de entremear história da religião com ficção, desenvolvendo muitas das vezes obras que prendem a atenção do leitor do começo ao fim.

O que mais me chamou a atenção em O Símbolo Perdido não foi às referências a Maçonaria, aos pais fundadores e seu envolvimento com os Mistérios Antigos, porque tudo isso já consta de nossas pesquisas e arquivos, mas as inúmeras alusões a trechos da Bíblia. Dan Brown usou diversas referências bíblicas para a nova trama, colocando-as sob a luz do misticismo e da Francomaçonaria. Há até mesmo uma alusão a um pastor e sua pregação televisiva. Tal ocorre na altura do capítulo 96 quando Robert Langdon e a cientista noética Katherine são imobilizados por seu agressor, o místico Mal’akl. Isso talvez se explique pelo fato que Brown nasceu em uma família cristã; sua mãe, Constance (Connie) era musicista e tocava órgão na Igreja. Brown e seus irmãos participavam da escola dominical e cantavam no coral. Aparentemente Brown era um cristão convicto e reverenciava as Escrituras e tudo que ela ensina. Há, porém, uma questão nas entrelinhas. Em uma entrevista concedida à Michele Delio, Brown fez a seguinte confissão:

“Meu interesse por sociedades secretas foi despertado pelo fato de ter nascido na Nova Inglaterra, cercado por clubes clandestinos ligados às universidades da Ivy League, pelas lojas maçônicas dos Pais Fundadores da América e por núcleos secretos dos primórdios do governo americano. A Nova Inglaterra tem uma longa tradição em matéria de clubes privados da elite, fraternidades e confrarias secretas”.

Tal explica o porquê da presença das principais sociedades secretas nas três últimas obras do autor: Iluminati (Anjos e Demônios), Opus Dei e Priorado de Sião (O Código da Vinci) e a Maçonaria (O Símbolo Perdido). Não se sabe até que ponto Brown esta envolvido com sociedades secretas, mas acredita-se que os seus primeiros contatos teriam ocorrido quando ele morava juntamente com seu pai na universidade de League. Praticamente todas as universidades dos EUA possuem sociedades secretas organizadas por professores e ex-alunos. Foi em uma dessas universidades que surgiu uma das mais terríveis e satânicas fraternidades do mundo e onde a família Busch foi iniciada nos mistérios antigos. Estamos falando da Skull And Bones (Caveira e Ossos) fundada em 1833 na Yale e que possui um histórico de blasfêmia e práticas ocultas. O ritual de iniciação, semelhante em alguns aspectos com àqueles praticados na Maçonaria, acontece no interior de uma casa antiga nas dependências da Yale, onde o iniciado jura obediência e lealdade total à sociedade secreta. A cerimônia de iniciação envolve praticas sexuais e um ritual macabro praticado dentro de um caixão.

Foi em meio a todo este misticismo e ocultismo que Brown cresceu na universidade de League, ao mesmo tempo em que frequentava os cultos da igreja em que seus pais eram membros. Em O Símbolo Perdido o autor revela parte desta experiência ao entremear estórias de mistérios antigos, símbolos pagãos com notas bíblicas forjadas para dar base à Nova Era.

A Maçonaria nos Estados Unidos

A história da Maçonaria nos Estados Unidos começa por volta de 1730 quando ingleses estabelecem a primeira loja em solo norteamericano, a Casa do Templo mencionada entre os capítulos 114 a 126 de O Símbolo Perdido. Encravada no coração da capital dos EUA, ao norte do Capitólio e da Casa Branca, a Casa do Templo reuniu durante sua história as principais figuras do tabuleiro político do país e do mundo. Pelo menos treze presidentes maçons governaram o país. O número de adeptos gira em torno de dois milhões, presentes nas mais de 16 mil lojas espalhadas pelos 50 estados da Confederação. A Maçonaria deixou sua marca na história dos Estados Unidos, como na Independência (1776), na construção de Washington e na anexação do símbolo da pirâmide inacabada na nota de um dólar.

Dan Brown dedicou
dois anos ao estudo da Maçonaria e disse não ter encontrado nada que comprometa a sociedade. Do começo ao fim de O Símbolo Perdido o autor descreve a ordem como uma fraternidade de pessoas normais, comprometidas com o bem e dedicadas à leitura da Bíblia. Bem diferente do que acontece em O Código da Vinci, onde Brown descreve a pequena ordem católica Opus Dei como uma sociedade truculenta, dominadora e manipuladora de massas e governos. É evidente o fato que a Opus Dei possui um papel estratégico na política internacional, mas parecenos estranho que a Maçonaria seja descrita de maneira tão superficial e descomprometida em O Símbolo Perdido. Isso tem gerado uma suspeita que Dan Brown é maçom, havendo até quem sugira que ele teria alcançado o grau 33.



Documentários sobre as obras de Dan Brown: Assista aqui


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As religiões em crise





Por Johnny T. Bernardo


O mundo nunca esteve tão fragmentado religiosamente como hoje. Alguém disse que a religião – referindo-se ao cristianismo e as diversas ramificações das religiões mundiais – são “reformulações” de doutrinas e religiões antigas. Das religiões primais vieram às nacionais, e destas todas as religiões mundiais. Trocando em miúdos, a religião é fruto de um processo evolutivo e sincrético. É preciso avaliar até que ponto isso é verdade, ou seja, se todas as religiões são frutos de uma miscigenação religiosa.

Geralmente quem olha para o mundo islâmico vê nele um povo unido, sem divisões dogmáticas ou administrativas. No entanto, o Islamismo é uma das religiões mais fragmentadas do mundo. Além de xiitas e sunitas, existem pelo menos 70 seitas dentro do Islamismo. Há quem sugira que quanto mais distante fica de Meca, mais sincrética e oculta se torna a fé islâmica. É o que acontece no norte da África e países abaixo do Saara, onde o Islamismo muitas vezes se confunde com o ocultismo pagão, ou seja, é difícil saber onde termina a devoção islâmica e começa o culto pagão.

A Igreja Católica é outro exemplo de desfragmentação. O primeiro grande cisma ocorreu em 1054 quando a Igreja Ortodoxa de Constantinopla – por questões dogmáticas e administrativas – separou-se da Igreja Católica com sede em Roma. Atualmente existem cerca de 175 milhões de ortodoxos no mundo, presentes em sua maioria na Grécia, Turquia, Rússia e norte da África. Em 1517 ocorreria o maior cisma que a Igreja Católica jamais conseguiria reverter. Martinho Lutero rompeu com Roma e abriu caminho para inúmeros outros reformadores. Surgiram diversas denominações protestantes, tanto na Europa como no Novo Mundo (Américas).



BioLogos: Evolução e fé juntas?



por Johnny T. Bernardo



Com sede nos Estados Unidos, a BioLogos foi fundada em novembro de 2007 pelo Dr. Francis Collins e afirma ter como missão conciliar a fé evangélica com a crença no evolucionismo. Segundo o site oficial da organização, a BioLogos representa a harmonia entre ciência e fé. Ela aborda os temas centrais da ciência e da religião e enfatiza a compatibilidade da fé cristã com as descobertas científicas sobre as origens do universo e da vida. Para comunicar essa mensagem para o público em geral e acrescentar ao diálogo em curso, a fundação criou a BioLogos.

Autor do livro “A Linguagem de Deus”, Francis Collins defende o evolucionismo do ponto de vista cristão. Ainda segundo o web site, Collins – antes ateu – se tornou cristão após perceber que suas perspectivas não forneciam respostas adequadas sobre a criação e a relação entre a fé e a ciência. A BioLogos é dirigida atualmente por Karl Giberson autor de "O Resgate de Darwin” onde também defende o evolucionismo do ponto de vista da fé. [1]

Gêneses 1-3 é um mito?

Na vã tentativa de associar a fé cristã às ideias evolucionistas de Darwin, a organização defende o que muitos autores do passado tentaram impor às massas ingênuas cristãs: que os três primeiros capítulos de Gêneses não são narrativas de fatos reais, mas alegorias ou mitos criados para elucidar certas verdades históricas indiferentes a fé cristã. Eles apóiam semelhante teoria nas declarações do Dr. Tom Wright, um pastor britânico que supostamente parece “comungar” com as teses da BioLogos.

“Talvez um dos maiores obstáculos para os cristãos evangélicos que são resistentes à ideia da evolução é uma leitura literal da Escritura - em especial, o texto de Gênesis 1-3, que detalha a criação da Terra e seus habitantes. Enquanto a maioria dos estudiosos da Bíblia, provavelmente defender uma leitura literária de Gênesis, ao contrário de um literal, a caracterização de Gênesis 1-3 como um "mítico" texto pode deixar algumas pessoas desconfortáveis. Esta é em grande parte devido ao fato de que em nossa cultura americana, "mito" se tornou sinônimo de "não é verdade".

Desde a sua origem grega, porém, o mito é definido simplesmente como uma história ou lenda que tem significado cultural, explicando os cosmos e os porquês da existência humana, usando uma linguagem metafórica para expressar ideias para além da esfera de nossos cinco sentidos. Mas sugerir que o Gênesis é tanto um texto mítico, bem como a palavra "inerrante de Deus" pode exigir um salto de fé para alguns.

O Rev. Dr. Tom Wright sugere que a parte mitológica foi mal compreendida por muitos evangélicos a favor de uma leitura inteiramente baseada em questões de historicidade. Ele argumenta que para entender o texto de Gêneses 1-3 é preciso vê-lo como um mito". [2]

Em suma, podemos dizer que a BioLogos não se diferencia em nada dos que defendem a criação do mundo por um impulso divino, mas que o processo evolutivo coube a natureza. É mais uma tentativa do teísmo de impor suas ideias às massas cristãs. A Bíblia diz claramente que o universo foi criado por um ato direto de Deus, sem intervenção natural ou evolutiva. Jesus referiu-se a Adão e Eva como figuras literais, e não como mitos ou lendas criadas para elucidar verdades ou metáforas espirituais.

Notas

1. http://www.biologos.org/

2. Texto traduzido do original em inglês com o auxílio do Google Tradutor.


28/05/2010

Nova York: a capital mundial das religiões





por Johnny T. Bernardo



Há algum tempo venho estudando o que chamo de "fenômeno religioso globalizado" ou "as religiões das cidades globais". Calma, é bem simples: há um intercâmbio interessante entre economia verso religiões nas grandes cidades mundiais. Não só NY, mas também São Paulo, Rio de Janeiro, Tóquio, Los Angeles, Amsterdã e nas demais 47 cidades classificadas pela ONU como "cidades globais", isso ocorre com mais ou menos intensidade.

Talvez vc deve perguntar: mas que relação existe entre religião e Financial Times? A mesma pergunta deveria ser feita aos discípulos de Escrivá de Balaquer: que importãncia tem para a fé católica um edifício no valor de 40 milhões de dólares no núcleo nervoso de Manhattan? Por que não em Nova Orleans, cidade históricamente mais carente e descrimida dos EUA?

São perguntas interessantes e que mostram a realidade em que vivem as religiões nas grandes cidades do mundo. Por incrível que pareça, muitas religiões (especialmente as mundiais) possuem uma estratégia de crescimento semelhante ao das grandes corporações.Vou explicar: é mais interessante ter um escritório em uma área valorizada de Manhattan, do que em qualquer outra cidade do oeste dos EUA (com excessão, é claro, da Califórnia, maior centro industrial e demográfico do país). São dois os motivos: a) Economia. Uma empresa situada em uma área nobre tende a ser mais valorizada no mercado financeiro; b) Imagem. Além de ser bom para as finanças, as grandes corporações ganham em visibilidade ao instalar seus escritórios em áreas nobres.

O mesmo acontece com muitas religiões. Nova York é uma cidade profundamente religiosa, com imensas mesquitas, templos, igrejas etc. Tony Carnes, autor do livro "New York Glory, Religions in the city", fez a seguinte afimação lógica. "A religião é um componente central do mundo social e cultural de Nova York".

De fato, quando circulamos por Nova York nos deparamos com inúmeras catedrais e, principalmente, com sedes administrativas de inúmeras religiões. A lista é imensa, mas podemos citar algumas: Igreja da Unificação do Rev. Moo, Torre de Vigia, Opus Dei, IURD etc. Também é possível encontrar pelas ruas de NY discípulos de Dalai Lama, rastafaris, muçulmanos, sikins, judeus e inúmeros outros profetas da prosperidade e do apocalipse.